VELEIROTAO2

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DE ITACARÉ À CAMAMU

Sonhamos muito com esse lugar, propaganda dos amigos velejadores que passaram por lá. Logo após passar pela barra de Itacaré içamos as velas e fomos fazendo velocidade de 5 a 6 knots. Passamos por alguns pequenos barcos de pesca e lá pelas 17 horas do mesmos dia, com maré contrária e vazante fazendo entre 2,6 e 3 knots, entramos tranquilamente na barra de Camamu e ancoramos no local chamado Campinho numa profundidade de 6,7 metros, mas quando a maré subir vai atingir mais de 8,5 metros.

 

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Entrando na Baía de Camamu.

 

A Marga agora está fazendo uma sopa. Aqui é uma ancoragem não muito confortável com ventos do quadrante sul, então no dia seguinte, ventando forte na casa dos 20 knots de sul, fomos para o ancoradouro do Sapinho ou também chamada da Ilha do Goió, que é excelente e com profundidade de 4 a 5 metros e sem corrente de maré.

 

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Chegando no Goió na maré cheia.

 

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Já ancorados e preparados para curtir o pôr-do-sol!

 

Há alguns veleiro numas poitas que passam o ano todo aqui cuidados pelos moradores, que são muito gentis. Num pequeno armazém eles também vendem chocolate caseiro feito por eles mesmos, do cacaueiro do pátio de suas casas, que é uma delícia. Do outro lado da baía, fica a vila de "Taipus de Dentro", onde se pode ir de bote para fazer compras mais variadas. Para compras maiores só a cidade de Camamu, mas só é possível ir com o barco que faz o traslado diário, saindo às 5 horas da manhã e voltando lá pelas 15 horas. No mesmo dia para explorar o lugar fomos até a prainha que fica na ponta da Ilha do Goió, muito linda, com areia branquinha e fofa e alguns coqueiros. Caminhamos pela orla da ilha e quase demos a volta nela. É um belo passeio, muitas conchas e pedrinhas coloridas. Dá vontade de levar mas sabemos que elas são mais bonitas no seu habitat original. Ficamos quase um mês passeando pela região, além de aproveitar uma maré de sizígia para colocar o TAO no seco na tal prainha, com ajuda dum casal de velejadores que também estava por lá. 

A maré é de grande amplitude facilitando o trabalho, mas é um lado de cada vez. Acordamos às 5 horas da manhã e assim que começou a clarear fomos com o TAO para a praia. Colocamos um cabo na proa, um na popa e a adriça da vela mestra pelo tope do mastro emendado noutro cabo e amarrado nas árvores do mangue, perpendicularmente ao barco.

 

 

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Já na praia, aguardando a maré baixar.

 

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Deitado confortavelmente na areia, o casco bem limpinho.

 

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Vista de popa.

 

 

Assim que a maré começou a vazar o TAO começou a deitar, bem devagarinho. Então fomos prá água e começamos a limpar o casco. É muito legal porque não precisa mergulhar e as cracas e limos saem muito facilmente enquanto ainda molhadas.

 

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Terminando a pintura.

 

Depois de limpo lavamos o casco com água doce e começamos a pintura, a tinta venenosa que usamos é a mais barata da International, chamada "Interclene". Não é assim nenhuma maravilha, mas ela permite que seja pintada no intervalo da maré, o que não acontece com as outras tintas. Um dia antes nós tínhamos ido a Camamu para comprar a tinta e apetrechos de pintura.

 

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Vista de Camamu.

 

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Vista do cais de Camamu.

 

Conversando com o piloto fiquei sabendo que seu pai já fazia este trabalho e que ele prosseguiu aproveitando os seus conhecimentos. Só o barco que não teve muitas melhorias de lá prá cá...

 

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A gaiuta do barco de transporte...

 

 

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...Sendo carregado para voltar ao Goió e arredores.

 


Os dias se passavam em banhos e passeios pela ilha do Goió e pela vila no Sapinho. Na ilha ainda tem um poço com água doce que é de excelente qualidade que pegávamos para lavar roupas e também para consumo, depois de filtrada. A tv pega razoavelmente bem, deu até para ver a corrida de fórmula 1!
Dia 17 de Julho às 15 horas saímos para conhecer Maraú.



29/12/2013
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