VELEIROTAO2

VELEIROTAO2

EM CAMAMU: DO GOIÓ À MARAÚ

Dia 17 de Julho às 15 horas saímos para conhecer Maraú. uma velejada fantástica que nos lembrou Nova Viçosa! Aproveitando a maré e o vento nordeste fomos na vela. Ancoramos na Ilha dos Tatus em 7 metros de profundidade. Seguimos o Guia Náutico da Bahia, que está perfeito! Aqui também é muito lindo, com uma praia com coqueiros e mata nativa, é uma ancoragem mais selvagem, pois não há ninguém morando muito perto, só vemos alguns pescadores com suas canoas eventualmente.

 

VEL MAR TATUS RESIZ.JPG

Ancorados na Ilha dos Tatus.

 

Ventou e choveu forte naquela noite mas sem o menor risco para o TAO. No dia seguinte, às 8 horas, depois do café içamos âncora e seguimos a Maraú, em outra velejada perfeita. quando estávamos chegando a Maraú, que fica a esquerda do rio vi pelo binóculo uma embarcação vermelha parada do outro lado da margem.

 

VELEJANDO MARAÚ RESIZ2.JPG

Velejando para Maraú.

 

VELEJ MARAÚ CHEGADA RESIZ.JPG

Chegando a Maraú.

 

Era o veleiro dum alemão e sua esposa que compraram terras e vivem aqui há muitos anos, ele é igual ao "Joshua" do Bernard Moitessier, de quem eram amigos. O Anselmo do veleiro Taihú o conheceu quando esteve por aqui no final da década de 1980. Falando com o Anselmo por telefone ele lembrou que o tal alemão convidou-o a também comprar terras lá, pois eram muito baratas, mas sua idéia era velejar pelo mundo e não se fixar em nenhum lugar. Numa ocasião, nós fomos até lá de bote para conhecê-lo e conversar, mas só falamos com o caseiro pois eles estavam na Europa fazendo tratamento de saúde.
Depois de ancorados fomos à cidade comer num barzinho a quilo e pegar a encomenda dos chás que éramos para ter pego em Ilhéus. Tudo certo dessa vez. A tv pega bem, mas o celular da Tim não, só subindo o morro das antenas, mas o da Vivo pega bem até no barco.

 

 

VELEJ MARAÚ VISTA DA CIDADE RESIZ.JPG

Vista de Maraú, da ancoragem.

 

VELEJ MARAÚ ANCORAG RESIZ.JPG

O TAO visto de cima do morro lá na sua ancoragem.

 

Aqui também ficaram os amigos do veleiro Alma de Mestre.Eles quase venderam o barco para comprar uma casa na região e só não o fizeram porque Henrique, o filho deles não queria deixar o barco, dizendo que ele era sua verdadeira casa!
Esses dias foram de muita chuva, o que nos fez desistir do passeio a Cachoeira do Tremembé, infelizmente. Certo dia chegou um baita catamaran para atender os doentes. Eles não ancoraram bem e quase bateram no TAO. Não reclamei mas fiquei de olho. Uma coisa ruim daqui é que certos barcos de passageiros possuem caixas de som enormes e tocam aquelas músicas de "Arrocha" o dia todo!!! Não aguentamos mais, mesmo assim ficamos quase uma semana por lá.

 

VEL MARAÚ VISTA DO MORRO RESIZ.JPG

Vista do rio,lá de cima do morro onde íamos telefonar!

 

Fizemos o mesmo percurso da ida, parando na Ilha dos Tatus por uns dois dias, aproveitando a praia da ilha que é muito bonita. Estamos conversando muito a respeito de nosso futuro, para onde vamos? Nossa conclusão é: Seja lá onde estivermos no futuro, estaremos sempre juntos, um dando força ao outro para superarmos nossas dúvidas e medos e escolher nosso caminho! A chuva que veio com uma frente fria nos fez dormir 14 horas ininterruptamente, salvo idas ao banheiro! O céu está cheio de nuvens e aproveito para descobrir quais os nomes das nuvens pois estou lendo um livro sobre elas que se chama "Guia do Observador de Nuvens". Pelos meus recentes conhecimentos identifiquei as nuvens Cumulus Congestus, que é uma intermediária entre a Cumulus Nimbus e as Cumulus Humilis.

 

vel maraú nuvens resiz.JPG

Muitas nuvens na velejada de volta ao Goió.

 

Voltamos para a ilha do Goió, para nos prepararmos para seguir para Morro de São Paulo.


29/12/2013
0 Poster un commentaire

DE ITACARÉ À CAMAMU

Sonhamos muito com esse lugar, propaganda dos amigos velejadores que passaram por lá. Logo após passar pela barra de Itacaré içamos as velas e fomos fazendo velocidade de 5 a 6 knots. Passamos por alguns pequenos barcos de pesca e lá pelas 17 horas do mesmos dia, com maré contrária e vazante fazendo entre 2,6 e 3 knots, entramos tranquilamente na barra de Camamu e ancoramos no local chamado Campinho numa profundidade de 6,7 metros, mas quando a maré subir vai atingir mais de 8,5 metros.

 

b 1 resized.JPG
Entrando na Baía de Camamu.

 

A Marga agora está fazendo uma sopa. Aqui é uma ancoragem não muito confortável com ventos do quadrante sul, então no dia seguinte, ventando forte na casa dos 20 knots de sul, fomos para o ancoradouro do Sapinho ou também chamada da Ilha do Goió, que é excelente e com profundidade de 4 a 5 metros e sem corrente de maré.

 

b 3resized.JPG

Chegando no Goió na maré cheia.

 

b 2.resized.JPG

Já ancorados e preparados para curtir o pôr-do-sol!

 

Há alguns veleiro numas poitas que passam o ano todo aqui cuidados pelos moradores, que são muito gentis. Num pequeno armazém eles também vendem chocolate caseiro feito por eles mesmos, do cacaueiro do pátio de suas casas, que é uma delícia. Do outro lado da baía, fica a vila de "Taipus de Dentro", onde se pode ir de bote para fazer compras mais variadas. Para compras maiores só a cidade de Camamu, mas só é possível ir com o barco que faz o traslado diário, saindo às 5 horas da manhã e voltando lá pelas 15 horas. No mesmo dia para explorar o lugar fomos até a prainha que fica na ponta da Ilha do Goió, muito linda, com areia branquinha e fofa e alguns coqueiros. Caminhamos pela orla da ilha e quase demos a volta nela. É um belo passeio, muitas conchas e pedrinhas coloridas. Dá vontade de levar mas sabemos que elas são mais bonitas no seu habitat original. Ficamos quase um mês passeando pela região, além de aproveitar uma maré de sizígia para colocar o TAO no seco na tal prainha, com ajuda dum casal de velejadores que também estava por lá. 

A maré é de grande amplitude facilitando o trabalho, mas é um lado de cada vez. Acordamos às 5 horas da manhã e assim que começou a clarear fomos com o TAO para a praia. Colocamos um cabo na proa, um na popa e a adriça da vela mestra pelo tope do mastro emendado noutro cabo e amarrado nas árvores do mangue, perpendicularmente ao barco.

 

 

b 9 .resized.JPG

Já na praia, aguardando a maré baixar.

 

b 11 .resized.JPG

Deitado confortavelmente na areia, o casco bem limpinho.

 

b 12 .resized.JPG

Vista de popa.

 

 

Assim que a maré começou a vazar o TAO começou a deitar, bem devagarinho. Então fomos prá água e começamos a limpar o casco. É muito legal porque não precisa mergulhar e as cracas e limos saem muito facilmente enquanto ainda molhadas.

 

b 14 resized.JPG

Terminando a pintura.

 

Depois de limpo lavamos o casco com água doce e começamos a pintura, a tinta venenosa que usamos é a mais barata da International, chamada "Interclene". Não é assim nenhuma maravilha, mas ela permite que seja pintada no intervalo da maré, o que não acontece com as outras tintas. Um dia antes nós tínhamos ido a Camamu para comprar a tinta e apetrechos de pintura.

 

b 4.resized.JPG

Vista de Camamu.

 

b 6.resized.JPG

Vista do cais de Camamu.

 

Conversando com o piloto fiquei sabendo que seu pai já fazia este trabalho e que ele prosseguiu aproveitando os seus conhecimentos. Só o barco que não teve muitas melhorias de lá prá cá...

 

DSC01770.resized.JPG

A gaiuta do barco de transporte...

 

 

b 7 resized.JPG

...Sendo carregado para voltar ao Goió e arredores.

 


Os dias se passavam em banhos e passeios pela ilha do Goió e pela vila no Sapinho. Na ilha ainda tem um poço com água doce que é de excelente qualidade que pegávamos para lavar roupas e também para consumo, depois de filtrada. A tv pega razoavelmente bem, deu até para ver a corrida de fórmula 1!
Dia 17 de Julho às 15 horas saímos para conhecer Maraú.


29/12/2013
0 Poster un commentaire